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Férias interrompidas

Jornalista de Londrina acompanha a rotina de Roma após a morte do Papa Francisco

Lucas Giroto - Estagiário*
22 abr 2025 às 18:17

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Pixabay
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Nesta segunda-feira (21), o jornalista londrinense Guilherme Batista estava de férias na capital italiana, Roma, quando recebeu a notícia de que o Papa Francisco havia falecido. Ele, então, deixou seu descanso de lado para apurar o momento histórico, contando em detalhes como a morte do sumo pontífice católico foi recebida pela população romana, além das movimentações de visitantes e fiéis no momento de luto. 


Em entrevista ao Portal Bonde na manhã desta terça-feira (22), o londrinense explicou que havia chegado à Roma na semana passada, onde ficou cerca de três dias, mas saiu da Itália para visitar os Países Baixos, retornando somente no último domingo de Páscoa (20), local onde descobriu na manhã de segunda a notícia que abalou o mundo.

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"No final do ano passado surgiu a promoção de uma viagem à Roma, então pensei 'vou passar minhas férias na Itália', por isso que vim. Foi uma coincidência bem trágica, porque eu cheguei e fiquei aqui em Roma por dois, três dias, fui para a Holanda onde fiquei por mais quatro dias. Quando voltei [para Roma], na verdade cheguei no domingo de noite, segunda de manhã eu acordo, vou mexendo no celular e sou surpreendido com essa noticia [de falecimento] do Papa. Uma total coincidência, não houve nenhum tipo de planejamento. Sabíamos que o Papa estava mal de saúde, mas ele tinha deixado o hospital e, por mais que parecesse bem debilitado, a informação era de que estava se recuperando. Do dia para a noite - literalmente - aconteceu isso e fiquei muito surpreso, pensei 'meu Deus, estou aqui em Roma, no dia que o Papa morreu', foi uma loucura", exclamou o jornalista.

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"Lugar certo, na hora certa"

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Com um misto de sentimentos, Batista relatou estar confuso e surpreso: por um lado, a perda do Santo Padre é um lamento, mas, pelo outro, o londrinense é um jornalista e diante da oportunidade seguiu seu instinto para cobrir o evento histórico.


"Até agora não consigo entender muito bem [tudo o que aconteceu], coloco na conta do acaso mesmo, da aleatoriedade. Estar no lugar certo, na hora certa, por mais que nesta situação a palavra "certa" seja complicada, pois é a morte dele. Mas estar em um lugar que já é histórico [por si só], sem a morte do Papa, possivelmente eu teria contato com muita história que levaria para o resto da minha vida. E o fato dele ter falecido, traz essa questão da história, da antiguidade, para a realidade. Em relação a fatos, isso é muito maluco, porque eu sou jornalista também e estou no local", expressou.

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Rotina de Roma normalizada


Batista contou que a comoção maior foi na Cidade do Vaticano e em locais religiosos, como igrejas. No restante, a rotina dos romanos seguiu, relativamente, na normalidade.

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"Ontem, passei o dia inteiro na Praça de São Pedro, onde os fieis e turistas foram recebidos. Fui visitar o Obelisco, lá teve a reza de um terço e divulgação de algumas informações. A cidade toda tem agido de forma diferente por conta disso. Isso é engraçado, porque como ela [Roma] é muito grande, você consegue ver que alguns pontos tem situações 'meio' diferentes, principalmente no Vaticano e, em igrejas, por exemplo. Em outros, tudo está correndo de forma muito normal. Ver como as pessoas estão agindo, é uma experiência inigualável - sei que não tem preço -, ter contato com esse dia-a-dia para mim é o mais legal, vou levar para o resto da minha vida", relatou.


Na visão do londrinense, como essa é uma região turística e a presença de estrangeiros e não católicos é muito forte - de árabes até orientais -, a comoção nas ruas não tem expressado uma mudança muito significativa, com os moradores seguindo suas vidas normalmente - pelo menos até este primeiro momento. Em comparação, Batista cita a morte da Rainha Elisabeth II, da Inglaterra, que assim como a do Papa, o londrinense estava presente durante o funeral, em suas férias.

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"Acho que o catolicismo é muito forte no nosso pais e aqui também [na Itália]. Mas vejo muitos árabes, indianos, orientais e, pessoas de países mais protestantes, como Estados Unidos, Inglaterra e Holanda. São pessoas que não tem tanta ligação e isso consigo perceber em boa parte da cidade. Ela continua do mesmo jeito, alguns museus e igrejas estão fechadas, mas o ponto de concentração ontem foi mesmo na Praça de São Pedro. Ali tiveram muitas pessoas que vieram prestar suas ultimas condolências e ver o que estava acontecendo. A impressão é de que todo mundo soube, levou o 'baque', mas vida que segue. Estive em poucos locais e pode ser que em outros a situação seja outra. Agora, em comparação, estive lá na Inglaterra, em 2022, no mesmo periodo que estava tendo o funeral da Rainha [Elisabeth II]. Na época também foi totalmente uma coincidencia, a segunda morte de pessoa histórica que consigo estar presente, in loco. Quando chegamos lá, a cidade estava literalmente velando o corpo dela. A situação era, não sei respeitosa é a palavra, mas as pessoas estavam quietas e muitos locais fechados. Pode ser que isso também aconteça no momento que o corpo dele [o papa] comece a ser velado", destacou.


Funeral continua

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Com sua volta a Londrina marcada para segunda-feira (28), Batista ainda não sabe se pretende acompanhar de perto as próximas etapas do velório, mas acredita que estará presente na visitação ao corpo do pontífice, nesta quarta-feira (23).


"Volto na segunda que vem, sei que amanhã terá inicio a cerimônia aberta. O corpo dele ficará exposto na Basílica de São Pedro para que as pessoas possam ir até lá e ver. No final de semana devem começar os ritos para o sepultamento. Acho que o dia de ontem foi muito emblemático, o fato de estar lá, ter visto, até usei meu Instagram para ir postando vídeos, narrando - era algo que nunca tinha feito, sou reservado. De uma forma pessoal, vi essa questão das redes sociais para poder transferir às pessoas o que estava vendo. Sei que vai ser uma loucura amanhã, terá gente 'pra caramba', acredito que estarei lá", planejou o jornalista.

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Deixando um pouco seu instinto jornalístico de lado, Batista espera visitar outras cidades - como Nápoles e Tivoli - para aproveitar suas férias, sem se preocupar com a necessidade de cobrir todos as etapas do funeral.


"Quero, também, visitar cidades da região: Nápoles, Tivoli, etc. Tenho comigo que não quero resumir minha viagem para somente a morte do Papa, vou tentar fazer outras coisas, para que eu não perca a oportunidade de conhecer outros lugares", concluiu o jornalista londrinense.


*Colaboraram com esta matéria: Jéssica Sabbadini e Walkiria Vieira.


*Sob supervisão de Bruno Souza.


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