A Justiça Militar liberou nesta quinta-feira (20) dois dos sete controladores de vôo presos em Manaus pela acusação de liderar manifestação que afetou todo o tráfego aéreo nacional no dia 30 de março deste ano.
Os terceiros-sargentos Michael Rosenfeld de Paula Rodrigues e Wilson de Alencar Aragão haviam sido detidos no dia 14 de agosto, com outros cinco militares que atuam no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 4) de Manaus. Aragão é presidente da Associação Amazônica dos Controladores de Tráfego Aéreo.
O advogado João Thomás Luchsinger, responsável pela defesa dos controladores, disse estar "tentando entender a decisão judicial de soltar apenas dois" deles, mas adiantou que vai recorrer da decisão, junto com promotores do Ministério Público Militar (MPM), para que o benefício seja estendido aos outros cinco militares. No dia 16, Luchsinger já havia dito que em Manaus "não houve greve, motim ou qualquer tipo de paralisação – todos trabalharam em seus postos".
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De acordo com informações da ABr, a liberação ocorreu um dia depois da aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, da criação de um grupo de trabalho para verificar e acompanhar a situação dos controladores, presos em instalações do Exército por decisão do juiz José Barroso Filho, da 12ª Circunscrição Judiciária Militar, sob a acusação de desrespeito à hierarquia e às normas do regimento militar.
O grupo de trabalho da Comissão também deverá acompanhar os processos, auditorias e inquéritos na Justiça Militar sobre a conduta dos controladores durante a manifestação do dia 30 de março. O requerimento para criação do grupo foi apresentado pelo deputado Henrique Afonso (PT-AC).