No encontro que teve com o papa Bento XVI na quinta-feira passada (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que a Igreja discuta o aquecimento global e a produção de biocombustíveis na África.
"Eu até pedi ao papa que ele não deixasse de, nas discussões da Igreja pelo mundo afora, discutir a questão do aquecimento do planeta, discutir a questão dos biocombustíveis e, sobretudo, discutir como fazer para ajudar os países africanos que podem ter no biodiesel a solução de desenvolvimento que não tiveram no século 20", disse Lula no programa de rádio Café com o Presidente desta segunda-feira (14). As informações são da Agência Brasil.
"O papa se mostrou muito interessado em discutir esse assunto. Eu vou continuar discutindo isso aqui com a Igreja brasileira. Eu penso que nós vamos evoluir muito, evoluir muito para a inclusão social e para combater a miséria no país e no mundo", completou.
Leia mais:
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
O presidente disse ainda que conversou com Bento XVI sobre o programa Bolsa Família e as políticas adotadas pelo seu governo para os jovens. "Por mais que a gente faça, tem um estoque tão grande de jovens que foram abandonados ao longo de muitos anos, que vai levar algum tempo para a gente poder recuperar toda essa juventude", explicou.
Para Lula, o papa não é conservador como haviam descrito e teve preocupação em abordar os problemas sociais do país, como a violência. "O papa teve um comportamento de muito compromisso com as questões sociais. Ele teve uma preocupação de conhecer os problemas de perto aqui no Brasil e teve vários pronunciamentos em que o papa colocou críticas profundas à questão da criminalidade, à questão da violência, à questão do abandono social a que os pobres do mundo estão submetidos. Então, eu achei que foi um comportamento muito digno, um comportamento, eu diria, benéfico para nós, povo brasileiro".
Bento XVI ficou cinco dias no Brasil e, durante a visita, canonizou Frei Galvão, o primeiro santo nascido no país.