O presidente do México, Enrique Peña Nieto, abordou pela primeira vez, na última quinta-feira (18), a questão da violência contra jornalistas no país, após mais uma morte ter sido registrada nesta semana.
Peña Nieto anunciou medidas para tutelar repórteres e ativistas contra uma série de agressões, além do fortalecimento do mecanismo especial de proteção a profissionais da comunicação criado em 2012, mas que até hoje não foi colocado em prática.
O mandatário propôs ainda um esquema nacional de coordenação com as autoridades dos estados mexicanos e um protocolo de operação para fiscalizar ações e reduzir riscos. "A violência contra jornalistas e ativistas abriu uma profunda ferida em nossa sociedade", afirmou Peña Nieto, que expressou sua "condenação mais forte por esses acontecimentos que entristecem o México".
Leia mais:
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Na última segunda-feira (15), Javier Valdez, fundador e ex-diretor do jornal "Riodoce", correspondente do diário "La Jornada" e colaborador da agência francesa "AFP", se tornou o sétimo jornalista assassinado no país apenas em 2017.
O presidente declarou ainda que os cidadãos mexicanos querem que os responsáveis pelas mortes sejam castigados. Antes de discursar, Peña Nieto fez um minuto de silêncio pelas vítimas da violência.
Recentemente, em um levantamento feito pela organização Repórteres Sem Fronteiras, o México foi considerado o terceiro país mais perigoso do mundo para jornalistas, atrás apenas da Síria e do Afeganistão.