O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, defendeu que as mulheres tenham mais liberdade na escolha de suas roupas, desde que respeitem alguns limites "respeitosos" e "decentes".
"As leis são claras e estipuladas pela Sharia (lei islâmica): que mulheres usem roupas decentes e respeitosas, como os homens", disse, em entrevista à rede norte-americana "CBS" no último domingo (18).
Bin Salman ainda defendeu o fim da obrigatoriedade do uso da abaya, vestimenta preta que cobre todo o corpo. "A lei não especifica o uso de abaya. Essa decisão é inteiramente deixada às mulheres, para que elas decidam que tipo de roupa decente e respeitosa querem usar", declarou.
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Entretanto, a declaração não garante que Bin Salman derrube o uso obrigatório da vestimenta. Ainda assim, nos últimos anos, as sauditas têm usado roupas mais coloridas, não somente em tom negro, e com saias ou calças jeans por baixo.
Recentemente, o país, que segue uma vertente ultraconservadora do Islã sunita, vem promovendo uma série de aberturas às mulheres, como as permissões para elas se alistarem no exército, abrir negócios sem a "bênção" do guardião (homem da família), dirigir e frequentar eventos esportivos.
Essas reformas são capitaneadas por Bin Salman, o líder de fato da Arábia Saudita. (ANSA)