Uma multidão acompanhou nesta quarta-feira (27), Dia Nacional do Jornalista, profissionais da imprensa venezuelanos que realizaram uma passeata pela liberdade de expressão e em defesa dos direitos civis, marcada por protestos contra o fim das transmissões da rede de TV venezuelana RCTV, no dia 28 de maio.
Os mais de 10.000 manifestantes, que ocuparam 12 quarteirões repletos de cartazes pedindo mais liberdade de expressão e o restabelecimento do sinal da RCTV, caminharam pelas principais avenidas de Caracas até a sede da rede de televisão, lembrando um mês do corte das transmissões.
Acompanhados por figuras políticas da oposição, artistas, funcionários da RCTV, outros grupos e associações da imprensa, os jornalistas venezuelanos deixaram claro que "neste dia não há motivos para comemorar" e pediram "liberdade".
Leia mais:
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
O Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa, a Associação Nacional de Jornalistas da Venezuela, a Federação Internacional de Imprensa, são algumas das associações que deram seu apoio aos jornalistas venezuelanos.
Os estudantes, que têm tomado pacificamente as ruas desde que a mais conhecida rede da televisão venezuelana saiu do ar, também mostraram seu apoio e se juntaram à manifestação.
Na Venezuela o dia do jornalista é celebrado desde 27 de junho de 1965, para lembrar a data do primeiro número do jornal "Correo del Orinoco", periódico fundado por Simón Bolívar.
A RCTV, rede de televisão de sinal aberto de cobertura nacional e de linha opositora, foi retirada do ar no dia 28 de maio de 2007, após a expiração de sua licença de transmissão, que o presidente venezuelano Hugo Chávez decidiu não renovar.