A operação militar iraquiana em curso contra o grupo extremista Estado Islâmico no norte do Iraque pode levar à fuga de 30 mil civis nas próximas semanas, alertou nesta terça-feira (3) a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados.
Forças iraquianas e curdas apoiadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos lançaram uma ofensiva em março na província de Nineveh, cuja capital, Mossul, é controlada pelo grupo terrorista.
As equipes ainda estão a cerca de 50 quilômetros ao sul de Mossul, segunda maior cidade do Iraque, mas os confrontos já levaram à fuga de milhares de civis.
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Um campo de refugiados em Debaqa, leste de Makhmur, a principal área de combates, já acolhe 8 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).
A agência abriu esta semana outro campo de refugiados, na mesma área, "em resposta ao número crescente de famílias recém-deslocadas".
"Cerca de 30 mil novos deslocados podem chegar a Makhmur nas próximas semanas com a continuidade da ofensiva militar", afirmou em comunicado.
"O novo campo vai ajudar a aliviar a superlotação que temos visto desde os últimos combates", disse o chefe da unidade de resposta do Acnur em terra, Fred Cussigh.
Segundo algumas estimativas, cerca de um milhão de civis ainda vivem em Mossul, principal reduto do Estado Islâmico no Iraque desde junho de 2014. Desde o início deste ano, o Iraque contabiliza 3,4 milhões de deslocados.