Um padre católico belga confessou ter abusado de uma criança de oito anos e pediu o fim de uma campanha para sua nomeação ao Prêmio Nobel da Paz devido à sua luta contra o impacto da globalização nos países em desenvolvimento.
A confissão do padre Francois Houtart, 85, foi publicada em um jornal belga ontem (29), agravando a crise em meio aos escândalos sexuais envolvendo membros da Igreja Católica em vários países.
Em outubro, depois que partidários deram início à campanha apoiando o sacerdote para o Nobel da Paz, uma mulher entrou em contato com a ONG que ele fundou, a Cetri (na sigla em francês), e disse que ele teria abusado sexualmente de seu irmão há 40 anos, de acordo com o diretor da organização, Bernard Duterme.
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No e-mail, a irmã da vítima fornece detalhes sobre os supostos abusos. Segundo ela, Houtart -que era amigo de seu pai- entrou no quarto de seu irmão duas vezes ''para estuprá-lo''. ''Antes da terceira vez, meu irmão procurou nossos pais e contou sobre os abusos'', disse a mulher no e-mail.
Ao jornal belga ''Le Soir'', o padre admitiu que abusou do garoto em duas ocasiões na casa dos pais do menino em Liege, no leste da Bélgica. ''Entrei no quarto do garoto e toquei suas partes íntimas por duas vezes, o que fez com que ele acordasse e se assustasse'', disse Houtart na entrevista.