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De olhos bem abertos

Pais de adolescentes viram 'espiões virtuais', diz estudo

BBC Brasil
21 mai 2007 às 20:34

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A popularidade de sites de relacionamento como Orkut, MySpace e Facebook entre crianças e adolescentes está transformando muitos pais em "espiões virtuais", de acordo com um estudo da universidade britânica London School of Economics (LSE).

Segundo a pesquisa, para manter um controle sobre as atividades virtuais dos filhos, 41% dos pais admitem verificar sigilosamente os sites navegados pelos filhos e 25% deles conferem os e-mails sem que os filhos saibam.

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Esse tipo de monitoramento secreto é um dos reflexos do aumento da preocupação com possíveis "vidas secretas" online.

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A pesquisa conduzida por Sonia Livingstone, professora de sociologia social da LSE, mostra também que crianças aproveitam as oportunidades que a internet apresenta de "brincar com a identidade, relacionamentos, exploração e comunicação". "E elas podem não querer dividir essas experiências com os pais", conclui a estudiosa.

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Aumento na procura


Na Grã-Bretanha, a organização Parentline Plus, que oferece aconselhamento a pais pelo telefone, verificou um aumento na procura do serviço relacionado ao uso da rede mundial de computadores.

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"Embora computadores possam ser uma fonte fantástica de informações, eles também podem ser uma fonte de irritação e discussões em famílias", afirmou Jan Fry, vice-chefe-executivo da Parentline Plus.


Fry diz que para muitos pais, a preocupação é se os filhos são jovens demais para usar a internet. "Nós recomendamos que os pais mantenham a perspectiva e realmente só tomem medidas, caso o uso do computador parecer estar se transformando em obsessão ou se a criança está abalada quando sai da internet ou usando a rede para substituir amizades."


Entre os conselhos da Parentline Plus estão a instituição de regras sobre quanto tempo os filhos podem navegar na internet por dia e controles de segurança para tentar garantir que as crianças estão seguras online.

A pesquisa da LSE mostra que, no entanto, muitas vezes as medidas de pais e filhos – estes tentando proteger a sua privacidade, aqueles buscando se tranqüilizar sobre os riscos que os filhos correm online – acabam os transformando em "opositores, em vez de criar uma cooperação para resolver um problema gerado externamente: uma tecnologia perigosa".


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