Milhares de palestinos do norte da Faixa de Gaza fugiram de suas casas para abrigos das Nações Unidas, após o exército israelense alertar os moradores com panfletos e chamadas telefônicas para evacuarem a área antes de uma ofensiva intensificada na região.
As vias de saída da cidade agrícola de Beit Lahiya se encheram de carros, carroças e motos. Ignorando os apelos do governo do Hamas para ficarem, moradores fizeram suas malas e deixaram a região logo nas primeiras horas deste domingo, ainda ao ouvirem tiroteios entre militantes e soldados israelenses.
Panfletos advertiam para uma investida "curta e temporária" contra os militantes, acrescentando que aqueles que ignorassem o aviso estariam colocando em risco suas vidas e a de familiares.
Leia mais:
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
'Ainda Estou Aqui' é incluído na NBR, prêmio tradicional da crítica americana
ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino
A agência de refugiados da ONU estima que 4 mil pessoas tenham chegado aos abrigos no meio da manhã, e apelou a ambas as partes para que respeitem a "inviolabilidade" dos abrigos.
O recente confronto entre Israel e o Hamas chega ao sexto dia. O número de palestinos mortos continua a subir, passando de 165, e mais de mil pessoas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. A ONU informou que 70% das mortes foram de civis.
Com a escalada da violência na região, crescem os esforços diplomáticos para estabelecer um cessar-fogo. Neste sábado, em conversas com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, o presidente do Egito, Abdel Fattah Al Sisi, se ofereceu para mediar a negociação de uma trégua entre Israel e o Hamas. Apesar do esforço, uma fonte diplomática dos Estados Unidos disse que a negociação para um cessar-fogo ainda estava nos estágios iniciais. Fonte: Dow Jones Newswires.