O governo do México admitiu que prendeu por engano um homem que identificou como sendo o filho do mais procurado traficante do país, Joaquin "El Chapo" Guzmán, e um dos cabeças do cartel de drogas controlado por ele.
Na quinta-feira, a Marinha mexicana exibiu para a imprensa aquele que eles julgavam ser Jesús Alfredo Guzmán, conhecido como ''El Gordo'', cujo pai comanda o poderoso cartel de Sinaloa.
Mas na verdade, o homem detido e apresentado publicamente era um vendedor de carros chamado Félix Beltrán León.
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Na ocasião da detenção, as autoridades mexicanas disseram que se tratava da mais importante detenção realizada no país nos últimos anos e que Guzmán era uma figura em ascensão dentro do cartel.
Seu pai, Joaquin Guzmán, conhecido como ''El Chapo'' ou ''O Baixinho'' está escondido desde que fugiu da prisão em 2001. O cartel Sinaloa controla boa parte do tráfico de cocaína, maconha e
metanfetaminas para os Estados Unidos.
Da glória ao fracasso
Em menos de um dia, o incidente, que a princípio parecia ser um trunfo contra um dos maiores cartéis de drogas no México se tornou um constrangimento para o governo do presidente Felipe Calderón.
A Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos chegou a elogiar a prisão do homem que julgavam ser um dos cabeças do cartel de Sinaloa.
Pouco antes da admissão pública do equívoco por autoridades do México, um advogado que representava a família Guzmán divulgou um comunicado negando que o suspeito preso fosse filho do megatraficante.
A mãe de Beltrán também deu entrevistas a jornalistas negando que seu filho ou sua família tivessem quaisquer ligações com o cartel de Sinaloa.
Algumas horas depois, o governo promoveu alguns testes de identidade, e foi forçado a admitir que havia cometido um grande erro.