O grupo parlamentar do Partido da Revolução Democrática (PRD, esquerda) na Assembléia Legislativa de Cidade do México, onde possui maioria absoluta, apresentou neste final de semana uma proposta para permitir a eutanásia na capital mexicana.
"Impor a vida contra a vontade das pessoas que viram sua qualidade de vida diminuir por causa de doenças terminais, dores intoleráveis e tratamentos médicos que prolongam sua agonia, não pode obedecer a nenhuma classificação de bem jurídico e é dever da sociedade e de seus representantes facilitar uma morte digna e sem dor", disse o deputado Juan Carlos Beltrán, um dos promotores da iniciativa, ao apresentá-la.
A proposta prevê que o paciente poderá manifestar em cartório que sua doença é terminal, irreversível e progressiva degenerativa e que decide "não utilizar meios, métodos ou instrumentos médicos, cirúrgicos, terapêuticos, químicos e/ou farmacêuticos que prolonguem de maneira desnecessária sua vida".
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A Assembléia Legislativa, dominada pela esquerda e cujos deputados foram eleitos em julho do ano passado, já aprovou as uniões de homossexuais e legalizou o aborto nas doze primeiras semanas de gravidez e tem pendente uma iniciativa para regular e descriminalizar a prostituição.
As duas primeiras foram duramente criticadas pela direita e pela Igreja Católica e o projeto sobre a eutanásia pode levar a um novo choque com as autoridades eclesiásticas.
Em sua missa dominical, o cardeal primaz do México, Norberto Rivera, disse que desconhecia a proposta da esquerda, mas manifestou sua rejeição ao "suicídio assistido".