O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, disse neste sábado (5) estar pronto para formar um governo de união nacional com a oposição. A declaração faz parte de um comunicado oficial divulgado após ele ter se encontrado com uma enviada diplomática dos Estados Unidos.
O anúncio da reeleição de Kibaki nas eleições presidenciais da semana passada provocaram uma onda de protestos da oposição, que o acusa de fraude.
A violência provocada pelos protestos já deixou pelo menos 350 pessoas mortas em todo o país, e mais de 250 mil pessoas já tiveram de deixar suas casas para fugir da violência, segundo a ONU.
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Antes de encontrar Kibaki, a enviada dos Estados Unidos, Jendayi Frazer, já havia se reunido com o principal líder opositor, Raila Odinga.
Feridas
Em seu comunicado oficial, Kibaki disse estar "pronto para formar um governo de união nacional que não apenas uniria os quenianos, mas também ajudaria no processo de cicatrização das feridas e de reconciliação".
O comunicado também disse que a enviada americana elogiou Kibaki por estender a mão à oposição para interromper a violência e pediu a todos os partidos para abraçar o diálogo como forma de superar a situação atual.
Mas de acordo com um correspondente da BBC no Quênia, Odinga disse que sua posição ainda é de que Kibaki deve renunciar à Presidência e que as eleições presidenciais do dia 27 de dezembro devem ser realizadas novamente.
Odinga disse que não negociaria com Kibaki.
Frazer deve ter um novo encontro com Odinga para discutir a proposta.
As informações são da BBC Brasil.