Em operação conjunta, a Polícia Federal de São Paulo e o Ministério Público Federal prenderam na madrugada de hoje, na capital paulista, o maior contrabandista de cigarros do Brasil, Roberto Eleutério da Silva, conhecido como Lobão.
Ele comandava o armazenamento, distribuição e transporte de cigarros falsificados de marcas populares em todo o Brasil. Também foram presos Tânia dos Santos, Marcelo Stracieni Barbosa, Tomy Dias Eleutério da Silva, e no Ceará, Max Scalone Barbosa.
De acordo com o delegado da PF, Reinaldo de Almeida Cezar, que atua na área de inteligência, os detalhes da prisão serão preservados para não atrapalhar as investigações em andamento. Mas revelou que o grupo recebia o produto falsificado principalmente do Paraguai. Cerca de 20 mil caixas com o produto eram distribuídas semanalmente, movimentando cerca de R$ 6 milhões.
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O maior centro de distribuição está localizado em São Paulo. Os cigarros falsificados eram vendidos por comerciantes e camelôs. Dados da Receita Federal, estimam que com a fraude, cerca de R$ 1 bilhão por ano são desviados dos cofres públicos. O "escritório" de Lobão, ficava na Galeria Pajé, região central de São Paulo, conhecida por comercializar produtos importados.
Guilherme Schelb, do Ministério Público Federal, disse que as investigações começaram em dezembro do ano passado, e continuam nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Ceará. Ele informou que há indícios de participação de funcionários públicos e autoridades do Legislativo estadual e federal e do Judiciário no esquema de falsificação.
Para apurar o envolvimento de autoridades, a Câmara dos Deputados deve instalar na próxima segunda-feira, em São Paulo, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que trata do Crime Organizado e da Pirataria. Segundo o presidente da CPI, o deputado federal Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), desta vez "foi preso um tubarão do crime organizado e não um camelô".
Informações Agência Brasil