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Em Goiás

Prisão de menina em cadeia masculina é confirmada

Redação Bonde
08 fev 2008 às 14:22

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Fachada da cadeia pública masculina onde foi comprovada a presença de uma menina de 14 anos presa com 110 homens - Marcello Casal Jr/ABr
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O representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) Firmino Fecchio foi à cidade na manhã de hoje (8) e comprovou a denúncia de que uma menina de 14 anos estava presa na Cadeia Pública de Planaltina (GO). Ele disse que tentaria negociar com o juiz local uma solução para o caso.

Segundo Fecchio, o local não é adequado para reclusão da menina e sua transferência para outra cidade que tenha centro de reabilitação de jovens é uma das possibilidades. Além disso, ele afirmou que a secretaria vai tentar localizar a família da menina, que já está presa há 13 dias.

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O diretor da cadeia, Reinaldo da Rocha Brito, confirmou que além da adolescente mais três mulheres estão presas no mesmo pavilhão que os homens, embora em celas distintas. A cadeia tem capacidade para 49 homens, mas atualmente existem 110 presos. A unidade foi construída para abrigar presos que aguardam julgamento.

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Brito afirmou que não existe na cidade nenhuma cadeia feminina nem centros para jovens em conflito com a lei, e garantiu que as celas e o horário de banho de sol de homens e mulheres são separados.

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O agente prisional Flávio Alessandro Pimentel disse que apenas dois policiais cuidam da segurança dos 110 homens em cada turno, trabalhando 24 horas e folgando 72. Outros três cuidam dos serviços administrativos. Ele reclama que as condições são precárias e são necessários investimentos.


"Você faz o que dá conta e o que a lei permite, porque o preso tem o direito a ela. A gente faz esse trabalho preventivo, que é o que a gente pode fazer hoje no sistema prisional de Goiás, que é uma decadência. O sistema prisional de Goiás é falido, a gente não recebe apoio nenhum. Primeiro precisamos de estrutura de trabalho. A gente anda empurrando viatura por aí".


O diretor da cadeia disse que o número de agentes é insuficiente e uma obra de ampliação do prédio está paralisada por falta de verbas.

Agência Brasil.


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