Os presidentes da China, Estados Unidos e Rússia se manifestaram nesta segunda-feira (25) para parabenizar a reeleição do francês Emmanuel Macron para mais um mandato de cinco anos.
O centrista do República em Marcha obteve 58,55% dos votos (18,7 milhões) contra a representante da extrema-direita Marine Le Pen, que conquistou 41,45% (13,3 milhões). A abstenção foi a mais alta para um segundo turno presidencial desde 1969, com 28,01% dos eleitores optando por não votar.
O norte-americano Joe Biden destacou que ambos "continuarão a cooperar pela democracia" e que "não vê a hora de continuar com nossa estreita colaboração, em particular, para apoiar a Ucrânia, defender a democracia e combater as mudanças climáticas".
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Já o líder da China, Xi Jinping, emitiu uma nota formal divulgada pela emissora de TV estatal "CCTV" em que destaca que nos últimos anos "a parceria estratégica global entre China e França manteve um alto nível de desenvolvimento que dará um novo impulso e novas contribuições à paz, à estabilidade e à prosperidade global".
"Atualmente, a situação internacional está atravessando profundas e complexas mudanças e o significado estratégico do desenvolvimento sadio e estável das relações entre China e França tornou-se sempre mais importante", ressalta ainda o comunicado.
Xi pontuou que pretende continuar a trabalhar com Macron para levar as relações bilaterais "a um novo nível para benefício dos dois países e do mundo inteiro".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também se manifestou nesta segunda-feira e enviou um telegrama formal a Macron.
"Eu desejo sinceramente sucesso em suas atividades de Estado, bem como boa saúde e bem estar", diz a nota divulgada pelo Kremlin e repercutida pelas agências de notícias locais.
Putin e Macron têm dialogado bastante desde o fim do ano passado por conta da crise entre Ucrânia e Rússia e, mesmo depois da eclosão da guerra em 24 de fevereiro, o francês continua a tentar fazer com que o russo cesse os ataques e foque em soluções diplomáticas - sem sucesso até o momento.
Outros líderes mundiais, como os representantes da União Africana, do Egito e de Israel também parabenizaram Macron destacando que desejam continuar as boas relações diplomáticas entre ambos.
Os principais nomes da União Europeia já haviam enviado felicitações a Macron no domingo (24), quando os resultados ainda não estavam encerrados. Para o bloco, a permanência do centrista no cargo mantém, basicamente, as relações como estão - diferentemente se a vitória tivesse sido de Le Pen.
No discurso da vitória, Macron agradeceu a todos os franceses que foram às urnas para lutar contra a extrema-direita e reforçou que um dos pilares do seu mandato será a luta contra as mudanças climáticas.
"Sei que muitos dos cidadãos votaram em mim não para apoiar as minhas ideias, mas para bloquear a extrema-direita. Sei e estou ciente desse voto e sou o guardião do sentido de dever, de apego à República e do respeito pelas diferenças que ocorreram nas últimas semanas", disse durante o evento da vitória, reforçando que seu novo mandato não será uma "continuação" dos anos anteriores.