O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, declarou, nesta quinta-feira, que o Conselho de Segurança das Nações Unidas está analisando a possibilidade de suspender temporariamente as sanções banindo a importação de produtos que "possam ser usados para resolver os problemas humanitários do Iraque".
O chanceler acrescentou que "uma esmagadora maioria de países compartilha dessa opinião e, portanto, é necessário tomar as decisões adequadas".
Alexander Yakovenko, um porta-voz do ministério, disse à CNN que Moscou apoiaria a suspensão temporária de algumas sanções, citando como exemplo o embargo aéreo.
Leia mais:
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
'Ainda Estou Aqui' é incluído na NBR, prêmio tradicional da crítica americana
ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino
Tarifas em governo Trump 2 podem provocar invasão de produtos chineses no Brasil
A França, o primeiro país a propor a idéia, mencionou também a suspensão dos embargos contra investimentos e comércio.
Os Estados Unidos defendem, por sua vez, o fim imediato e definitivo de todas a sanções, agora que o regime de Saddam Hussein não existe mais.
Mas a Rússia opõe-se a uma suspensão automática das sanções, argumentando que qualquer decisão cabe apenas ao Conselho de Segurança, por este ter sido o órgão que as impôs.
O governo russo, como o francês, associa tal proposta ao retorno dos inspetores da ONU ao Iraque a fim de verificar se o país possui ou não armas de destruição em massa – a principal justificativa para o lançamento da campanha militar liderada por Washington.
"A total suspensão das sanções tem que ser resolvida com base nas resoluções já aprovadas pelo Conselho de Segurança. Portanto, nós não estamos falando sobre vetos, mas sobre medidas que devem ser tomadas para superar a difícil situação humanitária que o Iraque está enfrentando em função da guerra", disse Ivanov.