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Triplo da área do Brasil

Satélite da Europa aponta maior buraco na camada de ozônio em 44 anos

Ansa Brasil
05 out 2023 às 09:20

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- ESA/Ansa
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O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está aumentando e atingiu uma dimensão de 26 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a três vezes a superfície do Brasil.


O alerta é da ESA (Agência Espacial Europeia), com base nas medições do satélite Sentinel-5P, um dos observadores da Terra do programa Copernicus da ESA e do poder Executivo da União Europeia.

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Em termos de tamanho, ocupa o 10º lugar entre as extensões registradas nos últimos 44 anos, com o recorde atingido em 2000, com 29,9 milhões de quilômetros quadrados.

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"O buraco da camada de ozônio de 2023 começou cedo e cresceu rapidamente a partir da metade de agosto", observa Antje Inness, pesquisadora do Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus.

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"Em 16 de setembro, atingiu uma dimensão de mais de 26 milhões de quilômetros quadrados, tornando-se um dos maiores buracos de ozônio já registrados", pontua.


As dimensões do buraco da camada de ozônio mudam seguindo um padrão regular: aumentam progressivamente de agosto a outubro, quando atingem a máxima extensão, para depois voltarem ao normal até o final de dezembro, quando o vórtice polar (ciclone persistente nos polos da Terra) enfraquece.

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Em 2023, o buraco de ozônio abriu mais cedo devido à erupção do vulcão Hunga-Tonga, em Tonga, na Oceania, que ocorreu de dezembro de 2021 a janeiro de 2022, e que trouxe grandes quantidades de vapor de água para as camadas superiores da atmosfera.


De acordo com Inness, "o vapor de água pode ter fortalecido a formação das nuvens estratosféricas polares, onde os clorofluorocarbonetos [CFCs] podem acelerar a redução da camada de ozônio".


"A presença do vapor de água também pode contribuir para o resfriamento da estratosfera antártica, aprimorando ainda mais a formação dessas camadas estratosféricas polares e resultando em um vórtice polar mais robusto", conclui.


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