Para evitar contato com o mundo externo, uma seita russa se refugiou em um "acampamento" subterrâneo por cerca de dez anos e manteve 27 crianças presas em celas desprovidas de iluminação, aquecimento ou ventilação. Segundo os agentes de justiça, os jovens têm entre 1 e 17 anos e nunca haviam deixado a propriedade. Os pais, que fazem parte da seita, foram acusados de abuso infantil e seus filhos já se encontram sob a custódia do governo.
O fundador da seita, Faizrakhman Satarov, de 83 anos, foi acusado de negligência, disse Irina Petrova, procuradora-adjunta da cidade de Kazan. Satarov possui seguidores em toda província do Tartaristão e se declara um profeta muçulmano, apesar dos princípios do Islã afirmarem que o único profeta seria Maomé.
As crianças foram descobertas na semana passada quando a polícia investigava o assassinato de um líder islamita na região do refúgio. Elas passaram por exames médicos e estão alocadas em orfanatos. De acordo com as autoridades, os jovens nunca haviam sido visitadas por um médico ou frequentado a escola.
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O refúgio começou a ser construído há uma década em Kazan quando Satarov ordenou que seus seguidores vivessem em celas sob sua casa de três andares. Apenas alguns membros tinham permissão para sair do perímetro para trabalhar como comerciantes no mercado local, aponta a mídia russa.
As informações são da Associated Press.