A greve geral de quatro horas de protesto contra a reforma da previdência aprovada pelo Governo italiano terminou com a habitual "guerra de números" entre os sindicatos, que estimam a adesão entre 70% e 80%, e os patrões, que a calcularam em 30%.
Em um comunicado conjunto, as três principais centrais sindicais italianas, a esquerdista Cgil e as centristas Csil e Uil, estimaram o número de grevistas em dez milhões, com uma média entre 70 e 80 por cento dos trabalhadores.
Já o presidente da patronal Confindustria, Antoni D'Amato, disse que os trabalhadores que atenderam à convocação não passaram de 30%. O Governo não forneceu dados.
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A repercussão da paralisação foi mais evidente no setor de serviços, já que as escolas e repartições públicas, incluindo os correios, não abriram durante todo o dia e os bancos só o fizeram à tarde.
A paralisação também foi notada de forma especial no setor do transportes públicos nas horas de maior movimento e só a Alitalia foi obrigada a suspender 155 vôos e a deixar em terra 24.000 passageiros.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, reiterou que não está disposto a modificar o que já foi aprovado: o aumento do período de contribuição de 35 para 40 anos e o da idade mínima de aposentadoria para 65 anos no caso dos homens e 60 no das mulheres.
Os sindicatos só aceitam o incentivo de 32,7% do salário para as pessoas que decidirem continuar em atividade apesar de cumprir os requisitos para receber a pensão.
O próximo ato sindical tem data marcada: 15 de novembro, quando será realizada uma grande manifestação na Calábria para pedir ao Executivo intervenções concretas a favor da deprimido Sul da Itália.
Fonte: iG