O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta terça-feira que o projeto do trem de alta velocidade, conhecido como trem-bala, para ligar as capitais do Rio de Janeiro e São Paulo exigirá uma "intervenção muito forte sobre o tecido urbano", e que por isso a construção é complexa.
Para que o veículo alcance mais de 300 quilômetros por hora, disse Coutinho, o trajeto será quase todo em linha reta. "Ele não tem tolerância a curvas, tem muito pouca tolerância a rampas. Então, a entrada nas áreas urbanas, a travessia por municípios de maior densidade, exige uma coordenação muito fina com o planejamento urbano municipal e estadual", comentou.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Valec (estatal que coordena o projeto), José Francisco Neves, disse que a obra "interfere muito pouco no meio ambiente" e não exige transferência de populações ao longo do percurso nem causa prejuízos à mata atlântica. Ele afirrmou que, do total de 403 quilômetros do trajeto, 60% são túneis e viadutos. Segundo Neves, a intenção é encaminhar até o fim do ano o pedido de licenciamento ambiental para o empreendimento.
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Coutinho, do BNDES, informou que o banco vai dar suporte técnico aos estudos que vêm sendo efetuados sobre o trem. Ele disse, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, que para isso foi assinado com os governos dos dois estados um convênio de cooperação. A idéia, disse, é poupar ao máximo a injeção de recursos públicos no projeto e trabalhar para viabilizá-lo através da concessão privada.
O investimento total previsto na obra é de US$ 9 bilhões. A concessão será dada ao setor privado por 35 anos mais sete anos para as obras, de acordo com a Valec.
ABr