Intensos combates na Ucrânia, incluindo um ataque com mísseis ao quartel-general das Forças Armadas ucranianas no Leste do país, resultaram hoje (10) em pelo menos 23 mortos, na véspera de uma reunião de paz de quatro dias.
Enquanto os diplomatas se apressavam em finalizar um acordo para colocar fim à guerra de dez meses, os separatistas pró-russos cercaram a estação ferroviária central de Debaltseve e as forças ucranianas lançaram uma contraofensiva em torno do estratégico porto de Mariupol.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que, pela primeira vez, mísseis atingiram o centro de comando militar de Kramatorsk, a capital administrativa governamental na região, bastante recuada em relação à linha de frente e distante das posições dos rebeldes.
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Os bombardeamentos atingiram também áreas residenciais de toda a cidade, matando oito habitantes e deixando 63 feridos, 32 dos quais soldados, de acordo com as autoridades. A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de fornecer armas e treinar os separatistas, fortemente armados, em um conflito que já fez pelo menos 5.300 mortos desde abril de 2014, mas o governo russo nega as acusações.
Os rebeldes afirmaram que as suas armas foram apreendidas com as forças ucranianas, embora o governo da Ucrânia tenha apontado vários casos em que os separatistas usaram artilharia avançada, que só existe nos arsenais russos.
Rebeldes, diplomatas e mediadores já se encontram em Minsk, capital da Bielorrússia, para corrigir falhas em um possível acordo de paz, que os líderes da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha esperam assinar em uma cúpula que começa na quarta-feira.