O governo da Venezuela denunciou a rede americana CNN por incitar a violência, e o canal venezuelano Globovisión por instigar um magnicídio, um dia depois de ter interrompido as transmissões da rede de televisão privada RCTV.
Em entrevista coletiva à imprensa, o ministro das Comunicações, Willian Lara, disse que havia apresentado as denúncias à Procuradoria, de acordo com o previsto pelo código penal e depois de ter "consultado especialistas".
"Esta rede (CNN) transmite uma mensagem que associa o presidente Chávez à violência e à morte. Essa é a mensagem", frisou Lara.
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O ministro apresentou um vídeo da CNN "sobre as manifestações contra a não renovação do contrato de concessão da rede de televisão privada venezuelana RCTV", mas apoiado em imagens gravadas no México, durante atos de repúdio à morte de um jornalista naquele país.
Lara denunciou também que a CNN exibiu imagens colocando lado a lado Chávez e um líder da rede terrorista Al-Qaeda.
O outro vídeo exibido pelo ministro foi transmitido pela Globovisión e mostra imagens de arquivo do atentado contra o Papa João Paulo II, com fundo musical da canção do panamenho Rubén Blades "Isto não termina aqui".
"A meu ver, essa rede de televisão, nesse trecho específico de sua programação, incorreu no crime de incitação ao magnicídio, contra o chefe de Estado venezuelano", indicou.
Lara mostrou o selo da Procuradoria "com o qual mostra que esta solicitação de investigação foi devidamente tramitada no Ministério Público".