O embaixador venezuelano, Jorge Valero, acusou o governo colombiano de promover uma ação "belicista e genocida" ao atacar um acampamento guerrilheiro em território equatoriano. O discurso foi feito na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Valero também criticou a forma como o governo colombiano trata a questão, mentindo "de forma descarada". Seu discurso inflamado ocorreu minutos antes de acusações formuladas pelo representante colombiano na OEA.
Para o Conselho Permanente da OEA, o colombiano Camilo Ospina reiterou as desculpas de seu governo pelo ataque que terminou com a vida de Raúl Reyes (segundo homem da hierarquia das Farc), em território equatoriano.
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Ele também atacou os governos vizinhos admitindo querer "explicação ao povo colombiano" por parte dos governos do Equador e da Venezuela. "Que não haja a menor dúvida de que os governos da Venezuela e Equador vêm negociando com terroristas e narcotraficantes", disse Ospina.
Na OEA, O Equador também acusou a Colômbia de ter realizado uma "violação planejada e premeditada" de sua soberania. O representante equatoriano disse ainda que o presidente da Colombia, Alvaro Uribe, mentiu na versão que apresentou dos fatos que levaram à morte um líder guerrilheiro colombiano em território equatoriano.
Outros fatos
A acusação do Equador ocorre horas após o presidente Uribe ter afirmado que seu país vai denunciar Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, na Corte Penal Internacional por "patrocinar e financiar genocidas".
Uribe disse aos jornalistas que o embaixador colombiano nas Nações Unidas anunciará que seu país já iniciou os trâmites do processo.
O governo colombiano assegurou na véspera ter encontrado uma carta que compromete Chávez com o financiamento de US$ 300 milhões (cerca de R$ 490 milhões) para a guerrilha das Farc.
O governo colombiano alega que este documento foi encontrado em um computador que estava Raúl Reyes, das Farc.