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Escritora Lygia Fagundes Telles morre aos 98 anos

Redação Bonde com Agência Brasil
03 abr 2022 às 14:07
- Alesp
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Morreu neste domingo (3), em São Paulo, aos 98 anos, a escritora e integrante da ABL (Academia Brasileira de Letras), Lygia Fagundes Telles. A morte foi confirmada pela ABL.


Telles faleceu na casa onde residia, em São Paulo, de causas naturais. "Perdemos nossa querida. Partiu tranquilamente! Mas viverá para sempre. Principalmente no coração de seus amigos!", postou nas redes sociais o jurista José Renato Nalini, atual presidente da Academia Paulista de Letras.

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Nascida na capital paulista, a escritora estudou na Escola Caetano de Campos e se formou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP). Ingressou na ABL em 1987 na cadeira 16, na sucessão de Pedro Calmon.

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A obra dela aborda temas variados como o amor, a morte, o medo, o adultério e as drogas. Trata ainda de problemas sociais e explora o universo feminino, trazendo um olhar crítico ao moralismo social e deixando transparecer suas visões políticas.

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Prêmios


O primeiro livro de contos dela, Porões e sobrados, foi publicado em 1938. Ela ganhou quatro vezes o prêmio Jabuti, considerado a mais tradicional premiação literária do Brasil. Na primeira, em 1966, obteve o feito com O Jardim Selvagem. Voltou a ganhar em 1973, com o romance As Meninas. Em 1996, foi a vez de A Noite Escura e mais Eu e, em 2001, com a coletânea de contos Invenção e Memória.

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Em 2005, foi agraciada com o prêmio Camões, que enaltece autores de língua portuguesa pelo conjunto da obra. O nome dela entrou para uma seleta lista da qual atualmente fazem parte outros 33, de cinco países diferentes.


Foi vencedora do prêmio Juca Pato, em 2009, como intelectual do ano.

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O trabalho dela ganhou as telas da televisão. O romance Ciranda de Pedra, publicado em 1954, foi adaptado pela Globo duas vezes. A primeira novela, escrita por Antônio Teixeira Filho e dirigida por Wolff Maia, foi ao ar em 1981. A segunda versão, em 2008, foi escrita por Alcides Nogueira e dirigida por Denise Saraceni.


O nome da escritora figura na história do cinema brasileiro. Em Capitu (1968), inspirado no romance Dom Casmurro de Machado de Assis, trabalhou em parceria com o crítico de cinema e segundo marido, Paulo Emílio Sales Gomes, com quem foi casada de 1963 até ficar viúva em 1977. Ambos assinam o roteiro que posteriormente recebeu o prêmio Candango, concedido pelo festival de Brasília.

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Com formação em Direito, a escritora se mobilizou contra a censura durante a ditadura militar. Junto com os escritores Nélida Piñon e Jefferson Ribeiro de Andrade e o historiador Hélio Silva, compôs a comissão responsável pela elaboração do Manifesto dos Intelectuais, um abaixo-assinado que ganhou repercussão em 1977 depois de conquistar a adesão de mais de mil signatários. Entregue ao Ministério da Justiça, o documento foi considerado a maior manifestação de intelectuais contra a censura imposta no período.


Ela não deixa descendentes. Seu único filho, o cineasta Goffredo da Silva Telles Neto, faleceu em 2006, aos 52 anos. Era fruto do relacionamento com o primeiro marido, o jurista Gofredo Teles Júnior, que durou de 1947 até 1960.


Entre seus livros mais importantes estão Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977), Filhos Pródigos (1978), A Disciplina do Amor (1980), As Horas Nuas (1989), A Noite Escura e Mais Eu (1995), e Invenção e Memória (2000). O livro Ciranda de Pedra (1954) inspirou a novela homônima, exibida na TV Globo.  

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