Se Pedro Vinholi Rampazzo pudesse ser definido em apenas uma palavra, "indomável" cumpriria bem o papel. Nascido em 26 de dezembro de 1996, o estudante de psicologia era incessante na busca de respostas para as questões da vida.
Filho de uma professora universitária e de um engenheiro civil, ele queria ser escritor. Entrou no curso de psicologia e dizia que mais tarde investiria na carreira que sonhava.
As palavras, aliás, eram o seu forte. Pedro "sempre tinha algo para dizer a alguém, e por mais duras que fossem, ele as dizia", conta sua mãe, Adriana Rampazzo.
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Era apaixonado por livros e sempre estava com um caderno a tiracolo, no qual escrevia poemas ou desenhava. Não importava o que fosse fazer, o "caderninho" sempre estava com ele. Aliás, não gostava de se intitular poeta e a prova disso é que seus poemas permanecem no anonimato, restrito apenas a amigos íntimos.
Avesso a redes sociais, o estudante não fazia questão alguma de ter sua vida exposta. Não era fã de fotos, era reservado, mas bastava um amigo em quem confiar que ele se abria e sua vida era partilhada.
Viver no piloto automático era algo impossível para alguém com um gênio que questionava tudo. O fazer por fazer não era o que movia o estudante, afinal, Pedro sempre queria entender o porquê das coisas.
A compreensão que ele tinha das pessoas o fazia parecer "um menino com alma velha", pois, segundo Adriana, ele era maduro para alguém ainda na fase de descobrir o mundo que estava por vir. "Ele era um filho-amigo, capaz de dar conselhos, me carregava."
Capricorniano com ascendente em capricórnio, o desapego era um lema que Pedro levava ao pé da letra. Pouco se importava com questões materiais, roupas ou coisas do tipo. "Ele geralmente emprestava roupas que nem chegava a usar, os amigos só chegavam e abriam o guarda-roupa e pegavam o que queria", afirma a mãe.
O maior legado que o estudante deixa é o de viver a vida da maneira mais intensa que se possa viver. Adriana, quando indagada sobre por que considera a vida do filho intensa, é taxativa: "foi intensa, afinal, ele marcou a vida das pessoas".
Deixa pais, amigos, uma estante cheia de livros e um "caderninho" com poemas e desenhos. Dia 3 de março, de parada cardíaca, aos 21 anos.
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