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Padre Giannino Calderaro fez de sua vocação uma missão de vida

Danilo Brandão - Redação Bonde
04 jan 2018 às 08:15
- Reprodução/Facebook
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Padre Giannino Calderaro. Gianni. Italiano. Desses que se denunciam nos trejeitos. As mãos que gritam, agitam-se durante a fala.

Era natural de Cittadella, província com menos de vinte mil habitantes. Italiano do norte. Forte. Contido, porém. Serenidade que aprendeu no sacerdócio. Mais de sessenta anos dedicados a uma vocação. A igreja era seu destino. Como padre, era calmo e atencioso, preocupava-se com o coletivo.

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"Ele era um padre muito zeloso com a comunidade. Era direto, conseguia dar o recado dele por completo com poucas palavras. Era sistemático e contido. Por isso, as pessoas achavam que era bravo, às vezes. Mas ele tinha uma bondade muito grande, era de uma sensibilidade humana enorme", relata o padre Romão Antonio Martini Martins.

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Em sua terra natal, começou a estudar cedo, aos 12 anos. Juntou-se aos Missionários Xaverianos. Seguiu seus estudos. Dezesseis anos depois, aos 28 anos, foi ordenado sacerdote, na catedral de Parma. Ainda na Itália, foi professor e vice-reitor de instituições católicas. No final da década de 1970, frequentou a Universidade Urbaniana, em Roma. Formou-se em Missiologia, ramo da teologia que se dedica a estudar as missões religiosas.

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Foi neste período, em 1979, que sua história se entrelaçou com a do Brasil. Dois destinos que se unem. Giannino foi destinado à cidade de Santa Mariana, interior do Paraná. Ficou lá por dois anos. Marcou. Marcava sempre. Em seguida, em 1981, veio para Londrina. Por aqui, fez história. Em sua primeira passagem, ficou por sete anos liderando a paróquia Nossa Senhora de Fátima. Tratou de organizar a paróquia e intensificou a ajuda aos fiéis. Porém, seu principal feito, foram as amizades.


Padre, em italiano, significa pai. Giannino escolheu ter centenas de filhos. Ensinou-os tudo. Foi além da religião e os ensinou sobre a vida. Essa que conhecia tão bem.

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"Eu o conheci há uns sete anos. Formamos uma amizade muito forte. De pai e filha mesmo. Era uma pessoas muito especial, esteve comigo nos piores momentos da minha vida. Aprendi muito com ele, um exemplo de humanindade, de sabedoria, de fé, onseguia se colocar na dor do outro, mesmo com as dificuldades de saúde que tinha. Eu o amava muito", relata Débora Oliveira, de 30 anos. Ela foi secretária da paróquia Nossa Senhora de Fàtima por seis anos. Conviveu diariamente com GIanni.


Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook


No final da década de 80 descobriu seu primeiro câncer. Voltou para sua terra natal para se tratar. Venceu. Voltou ao Brasil e continuou sua missão por outras cidades. Esteve em Laranjeiras do Sul por sete anos. Piraju, pacata cidade do interior paulista, por mais quinze. Por lá, mais história. Enquanto esteve à frente da paróquia da cidade, foi nomeado vigário geral pelo bispo. Cargo religioso de confiança, concedido a poucos.

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Voltou para Londrina apenas em 2008. Era paixão. Tornou-se um italiano pé vermelho. Havia ternura em suas palavras quando falava da cidade. Região que o acolheu. Esteve à frente da paróquia Nossa Senhora de Fátima até o último mês de vida. Quando um câncer no fígado e no pâncreas o venceu. Celebrou a missa aos domingos até o fim. Era sua missão. Propagar a palavra. Conseguiu.


Dia 26 de Dezembro, aos 75 anos, de câncer.

O Portal Bonde publica obituários todas as quintas-feiras. O leitor que quiser homenagear alguém nesta seção, pode entrar em contato pelo telefone (43) 3374-2151, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. O obituário é gratuito.


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