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A tecnologia do relógio de sol ao GPS

Redação - Folha do Paraná
16 mai 2001 às 19:30

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O avanço da tecnologia permitirá que em um futuro próximo o ser humano seja monitorado por meio de satélites equipados com Sistema de Posicionamento Global (GPS). A avaliação é do escritor e físico do Observatório Nacional, Marcomede Rangel Nunes, que participa do GIS Brasil 2001. O evento reúne especialistas e as últimas novidades em equipamentos de geoprocessamento (processamento de informações geográficas), no Expotrade, em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba).

O GPS, segundo Nunes, já é amplamente utilizado em sistemas de navegação marítima, aérea e espacial para orientar tripulantes quanto a sua posição geográfica exata. Empresas de transporte terrestre também utilizam o sistema para monitorar os veículos e evitar roubos. Alguns países da Europa e os Estados Unidos já usam o GPS para monitorar rebanhos de gado. "Sua aplicabilidade é fabulosa", declarou.

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Nunes afirmou que, futuramente, os documentos pessoais - identidade, CPF - poderão ser substituídos por cartões que, com chips acoplados, permitirão monitorar a localização das pessoas em tempo real.

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Em sua palestra no GIS Brasil 2001, Nunes falará sobre "Os Mistérios da Medida do Tempo", mostrando a evolução dos medidores de tempo desde o era do homem das cavernas até os dias atuais. Para ele, somos "escravos do tempo, pois sempre inventamos mecanismos para medí-lo". "Desde a época anterior a Cristo já se utilizavam relógios de Sol, de areia, de água, a óleo e à vela até que Galileu, em 1620, inventou o pêndulo e passaram a existir os relógios mecânicos."

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Foi na década de 30, contou Nunes, que começaram a surgir os relógios de quartzo "Esses que usamos até hoje." Mas a tecnologia evoluiu ainda mais e foram inventados os relógios atômicos (de césio e rubídio), que são usados nos satélites do Sistema de Posicionamento Global. A precisão desses equipamentos possibilita maior precisão das medidas de posição (latitude e longitude). Os relógios levam 3,3 mil anos para atrasar em um segundo.


Outra novidade tecnológica mostrada por Nunes é o relógio a "Maser de Hidrogênio". Sua precisão é ainda maior que a dos relógios atômicos. São necessários 10 mil anos para atrasar em um segundo.

A palestra do físico será nesta quinta-feira, às 17h15. Pela manhã, Nunes ensinará um grupo de alunos de Curitiba a construir um relógio de Sol.


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