Nesta semana, o acidente com o ônibus de trabalhadores que matou 11 pessoas na PR-090, em Sapopema, no Norte Pioneiro do Estado,
completou dois meses. Apesar do longo período desde a tragédia, o
inquérito do caso não foi concluído e segue sendo apurado pela Polícia
Civil. Segundo o delegado responsável pela investigação, ainda falta a
finalização do laudo do veículo por parte da Polícia Científica. A
reportagem apurou que o grau de destruição do ônibus tem dificultado o
trabalho dos peritos.
Apesar da investigação seguir em aberto, a Polícia Civil afirmou que
tem indícios de que mostram que o veículo teve uma falha nos freios e
que isso teria provocado a perda de controle. “Já tomamos depoimento de
todas as vítimas sobreviventes, mais de 20 pessoas. Todas disseram que
durante a viagem ouve um momento em que o ônibus perdeu o freio, isso
segundo o depoimento de todas essas vítimas. O motorista teria alertado
os passageiros que o ônibus havia apresentado o problema mecânico e a
partir desse momento o veículo passou a desenvolver uma velocidade
excessiva”, afirmou o delegado André Luis Garcia à RICtv.
A informação foi corroborada pelo tacógrafo. “As imagens armazenadas
pelo aparelho indicam que durante o trajeto houve uma regularidade na
velocidade desenvolvida e a partir de um determinado momento, pouco
antes do acidente, esse ônibus passou a aumentar a velocidade de forma
inexplicável”, reforçou. “No entanto, ainda aguardamos a conclusão da
perícia da Polícia Científica, que nos dirá com certeza se houve ou não
falha no sistema de freios do veículo”, acrescentou.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
O ônibus que caiu numa ribanceira transportava cerca de 30
passageiros, que haviam saído de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e
tinham destino a cidade paranaense de Telêmaco Borba, onde iriam
trabalhar por duas semanas no reparo de equipamentos de uma fábrica de
papel e celulose. O delegado não acredita, de forma preliminar, que o
motorista – que também morreu no acidente - tenha tido responsabilidade.
“Pelo contrário, ao que tudo indica ele foi um verdadeiro herói,
conteve a direção do ônibus durante um trajeto considerável”, destacou.
Continue lendo na Folha de Londrina.