Com a confirmação do segundo caso de gripe aviária no Paraná, a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) baixou uma portaria para suspender a emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal), o que inviabiliza o transporte de aves do Litoral para qualquer região do Estado ou do país. A medida é válida por 90 dias e pode ser prorrogada.
Por enquanto, os focos foram encontrados apenas em aves silvestres e até o momento não foi identificada contaminação em aves domésticas, mas a restrição visa proteger o plantel comercial e as atividades econômicas do setor de avicultura paranaense. O Estado é o maior produtor e exportador de carne de frango do país.
A proibição do transporte de aves passa a valer assim que a portaria for publicada no Diário Oficial do Estado. A expectativa do presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, era que isso acontecesse ainda nesta segunda-feira (26). Segundo ele, a situação atual do Paraná em relação à gripe aviária é de emergência sanitária, mas não há motivos para alarme. "Queremos tranquilizar os produtores e abatedouros que não tem perigo nenhum neste momento. Os focos foram identificados no Litoral, estão muito longe do interior do Estado. Não perdemos o status de exportação, continuamos com os 147 países compradores."
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Na sexta-feira (23), a Adapar havia confirmado o primeiro foco de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) no Paraná após a análise de amostras coletadas de uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). O caso foi notificado em Antonina. Na noite de domingo, a Agência confirmou o segundo caso, de contaminação em outro exemplar da mesma espécie da ave, dessa vez, em Pontal do Paraná. Um terceiro caso, identificado na Ilha do Mel, também está sendo analisado. Até esta segunda-feira, o Brasil havia confirmado 48 focos da gripe aviária, todos eles em aves silvestres.
A Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) e a Adapar não registraram suspeitas de contaminação em planteis comerciais e a orientação é que produtores de aves para corte ou postura de ovos reforcem as medidas de biossegurança e de biosseguridade para evitar a entrada do vírus H5N1 nas granjas paranaenses.
E, em caso de suspeita, a Adapar deve ser comunicada imediatamente. A notificação pode ser feita pessoalmente, nas unidades locais, ou no site (www.adapar.pr.gov.br), por meio de plataforma e-Sisbravet. "As barreiras, nesse caso, são primeiro o produtor, segundo, as indústrias e, terceiro, a Adapar. Trabalhamos de mãos dadas. E por determinação do governador (Ratinho Junior),, todas as entidades do governo estão mobilizadas", disse Martins.
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