Mais de 2,1 mil passageiros não puderam aterrissar ou decolar no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O aeroporto ficou fechado, por causa de uma forte neblina, durante 17 horas (18h28 de segunda-feira às 11h25 desta terça-feira. Com isso, 50 vôos foram cancelados.
De 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, o Afonso Pena já ficou sem teto por 244 horas em 52 dias, com o cancelamento de 324 vôos. De janeiro a dezembro de 2000, foram 360 horas de fechamento da pista, durante 80 dias, período em que foram cancelados 349 vôos.
Os números revelamque o equipamento ALS-III (Approch Lights System) - um sistema de aproximação por luzes, instalado no dia 19 de junho de 2000 em uma das cabeceiras da pista - não vem contribuindo de forma efetiva para minimizar os problemas causados pela neblina.
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A Infraero investiu R$ 11 milhões para a aquisição do ALS-III. Mas os números mostram que o investimento não resolveu o problema. Para se ter uma idéia, entre junho e julho do ano passado foram cancelados 178 vôos. No mesmo período deste ano, houve o cancelamento de 200 vôos.
Pela manhã, muitos passageiros estavam inconformados com o atraso dos aviões. Havia muita confusão nas filas dos balcões de check-in. A professora Ligia Silva, que tinha vôo marcado para Porto Alegre às 21h50 de segunda-feira, teve que esperar até às 13h20 desta terça para embarcar. "Tinha que estar lá hoje de manhã para dar aulas", reclamou.
O técnico em eletrônica Gilberto Fernandes também foi prejudicado pela falta de visibilidade da pista. Ele tinha reunião em São Paulo às 10 horas. O vôo marcado para às 7h50 não pôde decolar. "O aeroporto deveria possuir equipamentos mais sofisticados", recomendou.