Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, os agentes penitenciários do Paraná confirmaram o início da greve geral da categoria a partir da próxima segunda-feira. Reivindicando a ampliação do quadro de servidores, compras e manutenção de materiais de
trabalho, medidas de segurança e o fim da superlotação, os agentes prometem parar por tempo indeterminado, até que a pauta seja atendida pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania.
"Vamos parar! Por isso, temos o dever de informar a sociedade sobre como será nossa greve. Sabemos dos riscos e, para tanto, vamos tomar todos os devidos cuidados para que esse movimento paredista seja o melhor possível e que tenha o mínimo de danos a sociedade", explica Antony Johnson, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindarspen). Segundo ele os serviços essenciais, como alimentação e atendimento médico aos presos e o cumprimento de medidas judiciais serão mantidos integralmente, mas os presos ficarão sem trabalho, escola, visitas e banho de sol.
Com 80% do efetivo garantido, Johnson, explica que os agentes vão apenas assumir os postos para manter a segurança dentro das unidades e garantir as mínimas condições aos presos. "Infelizmente essa medida extrema foi necessária para que o Estado invista no Sistema Penitenciário e para que as unidades voltem a ter segurança e
que cumpram com o seu objetivo que é a ressocialização do apenado aliada com dignidade humana aos detentos", diz.
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O presidente do sindicato ainda explica que a categoria está aberta ao diálogo e aguarda o Governo chamar os agentes para negociar. "Estamos pedindo socorro. Estamos com medo para trabalhar e só queremos condições de trabalho. Por isso, esperamos que o Estado nos chame para conversar".