O acúmulo de lixo é apenas um dos problemas da Ilha do Mel. Dos demais, o esgoto a céu aberto é o mais grave. Segundo Odislei Paraná Silva, dono de restaurante e pousada, apenas 30% do esgoto gerado recebe tratamento, em fossas sépticas com cloro. O restante, polui os pequenos rios da ilha e deságuam nas praias.
"Faz cinco anos que o IAP promete instalar um sistema de tratamento", disse Rodrigo Valentim, 23 anos, dono de um camping e integrante da quarta geração de uma família que vive no local há 200 anos. O pai de Rodrigo, Armando Valentim, 65 anos, enfrenta outro problema.
Há um ano, ele tenta autorização do IAP para reformar seu bar, com goteiras. De acordo com o Plano de Uso da área com ocupação permitida, qualquer construção ou reforma necessita de autorização. Enquanto aguarda, Valentim fechou o bar. Pedro Crisanto, 35 anos, também não consegue liberação para construir um banheiro de alvenaria em sua casa.