O garçom Ederaldo Félix dos Santos, 33 anos, apontou um árabe de nome Afif Najib Eid, como o responsável pela implantação das centrais clandestinas que funcionaram em Maringá e Sarandi. Santos foi indiciado em inquérito por estelionato e depôs hoje (16/10) em um interrogatório de mais duas horas na 9ª Subdivisão Policial de Maringá (9ª SDP). A Polícia Federal também assumiu o caso a pedido do Ministério da Justiça.
Santos contou que conheceu o árabe em Foz do Iguaçu e que foi convidado para operar as centrais em Maringá. Quando o caso começou a ser descoberto pela polícia, há mais de duas semanas, o garçom já estava instalando uma central em Caxias (RS). Santos descreveu Afif apenas como uma pessoa 'bem arrumada, discreta e altamente desconfiada' durante todos os contatos que manteve com ele.
Santos disse que quando operava a central recebia uma ligação da Arábia Saudita com instrução para fazer uma segunda ligação para países como o Paquistão. A partir daí, as duas pessoas falavam simultaneamente por viva voz. 'Nunca compreendi nada do que eles falavam, entendia apenas os números e fazia as ligações', afirmou Santos.
A polícia suspeita de possíveis contatos entre grupos terroristas e também de negócios para lavagem de dinheiro do narcotráfico brasileiro, mas as provas apuradas até agora dão conta apenas de estelionato por causa da fraude provocada nas companhias de telefone.
* Leia mais em reportagem de Marta Medeiros na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira