Vereadores que participam da Comissão Especial da Câmara Municipal de Curitiba de Vereadores, criada para investigar analisar problemas causados pelo tráfego de trens na cidade, fizeram, pela manhã, a segunda vistoria em linhas férreas dentro da cidade.
Percorrendo o trecho entre a Rodoferroviária até o Pátio Iguaçu, no bairro Boqueirão, os parlamentares ficaram impressionados com a quantidade de áreas de invasão existentes ao longo da linha. Como consequência, os maiores problemas constatados foram a travessia de pedestres, além de instalações irregulares de luz (chamados de rabichos ou gatos) feitas por baixo dos trilhos.
Os vereadores vão convidar o Ministério Público do Meio Ambiente para percorrer o trecho, uma vez que algumas invasões podem trazer problemas ambientais, já que estão em áreas de pântano. Outras medidas a serem tomadas, de acordo com o vereador André Passos (PT), presidente da Comissão, é contatar a Prefeitura e Copel para tentar regularizar a situação dos moradores. Eles também reclamaram da falta de sinalização no trecho, que compreende sete passagens de nível (cruzamentos da ferrovia com rodovia).
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A situação é agravada em função do grande movimento de trens. No trecho - que inicia na Rodoferroviária, passa pelos bairros Cristo rei, Cajuru, Capão da Imbuia, Uberaba até o Boqueirão - passam diariamente 34 trens. "Isso aqui é um problema muito sério", diz Silvana Alcântara de Oliveira, gerente de Relações Corporativas da América Latina Logística (ALL), empresa que administra as ferrovias no Paraná. Segundo ela, além de riscos de atropelamento, o grande número de ligações clandestinas de energia sob os trilhos colocam em risco o trabalho de quem faz a manutenção da ferrovia.
Passam por Curitiba, cerca de 70 quilômetros de trilhos, contabilizando 41 passagens de nível. Destas, segundo o gerente de engenharia da Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), Paulo Malucelli, 31 possuem sinalização, ou seja, luzes piscando do lado da rodovia, ao mesmo tempo em que o trem aciona o apito avisando a travessia. As outras dez só têm placas e sinalização horizontal.