Funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que trabalham no Hospital de Clínicas (HC), decidiram em assembléia retornar ao trabalho. Eles estavam em greve desde a última quinta-feira por causa da suspensão no pagamento de setembro pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
Apesar da decisão, no período da tarde, o movimento de pacientes no hospital era pequeno. Foram atendidos apenas aqueles que já tinham consultas marcadas. Pela manhã, muitos pacientes deixaram de ser atendidos. A média de atendimentos diários nos ambulatórios e no Pronto Atendimento do HC é de aproximadamente duas mil pessoas.
A expectativa da direção do HC é de que o atendimento nos ambulatórios (consultas especializadas) comece a ser retomado gradativamente, devendo estar normalizado a partir na segunda-feira. No entanto, o diretor clínico do HC, Giovanni Loddo afirmou que alguns ambulatórios, que são atendidos por professores, ainda poderão ficar com o funcionamento prejudicado. O corpo docente ainda não recebeu os salários de setembro e, por isso, ele não pode garantir que mantenham suas atividades normalmente.
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O pronto-atendimento, onde em média 150 pessoas são atendidas por dia, deverá permanecer fechado até o dia 27 de outubro. Segundo Loddo, não mais em função da greve, mas por conta das obras de reforma exigidas pela Vigilância Sanitária. O diretor informou que já foi acertado com a Secretaria Municipal de Saúde, que as unidades do município absorvam essa demanda e, por meio da Central de Regulação, encaminhem para outros hospitais que possam prestar o atendimento de emergência.
Quanto às consultas canceladas na semana passada, Loddo disse que terão que ser reagendadas, negociando-se cada caso. As internações também serão retomadas gradualmente. O diretor avalia que não deverá levar muito tempo para normalizar. A média de ocupação é de 430 pacientes. Ontem pela manhã, havia apenas 140 internados. Loddo negou que há surto de infecção hospitalar, conforme denunciou o Sinditest - sindicato que representa os técnicos-administrativos do HC.
O Sinditest informou que a decisão da maioria na assembléia foi de retornar ao trabalho. Os funcionários que mantiverem a paralisação o farão por conta própria.