A presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cascavel, Rosely Vascelai, defendeu-se nesta sexta-feira de acusações de que teria cometido irregularidades administrativas. Auditoria feita nas contas da instituição, pela Federação das Apaes do Paraná, apontou problemas na contratação de funcionários e desvio de finalidade de recursos públicos.
A auditoria constatou que uma parte dos R$ 125 mil repassados pela União e pela prefeitura de Cascavel, para construção de um centro profissionalizante dentro da escola, teria sido utilizado para pagamento de funcionários e de outras despesas.
Rosely Vascelai admitiu ter usado R$ 61,3 mil para o pagamento do 13º salário dos funcionários, argumentando que precisou dos recursos por causa do atraso no repasse de verbas federais, através da Secretaria Nacional de Assistência Social.
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O governo federal estaria devendo R$ 46 mil à instituição. ''Fiz esse empréstimo por estar desesperada e por falta de experiência'', disse a presidente, que garante que R$ 39 mil foram investidos na obra.
A presidente da Apae acrescentou que ''alguns funcionários iniciaram uma campanha para lhe prejudicar''. Ela frisou que isso começou quando cortou as gratificações de funcionários que ganhavam salários acima da média das demais Apaes do Estado. A presidente disse que seis pessoas consumiam 10% da folha de pagamento da instituição. Ela citou como exemplo uma professora que tinha salário de R$ 1.048,42 e recebia mais R$ 667,00 de gratificação.
A dirigente informou que as distorções salariais provocaram um déficit mensal de R$ 17 mil na instituição. ''Por isso, tive que usar outras fontes de recursos para evitar prejuízo no atendimento na Apae'', frisou, referindo-se aos R$ 125 mil. A presidente garantiu que tão logo receba a verba federal, o empréstimo será quitado.