As lojas de alimentação e lazer em Curitiba e região metropolitana estão sofrendo assaltos diários desde fevereiro deste ano. De acordo com os dados estatísticos apresentados pelo setor de planejamento do Comando de Policiamento da Capital, de março a maio deste ano foram registrados no comércio de Curitiba 140 assaltos. Uma média de 47 assaltos por mês. Os assaltos a estabelecimentos alimentícios e de lazer - que anteriormente eram em menor número - somaram 161 no mesmo período. Uma média de 53 por mês, 1,7 por dia.
Os estabelecimentos de alimentação e lazer mais visados foram as panificadoras, lanchonetes, bares, pizzarias e restaurantes. As ocorrências policiais estão deixando os proprietários de bares e similares assustados. O dono do Beto Batata, que funciona no Alto da XV há dois anos, Robert Amorin, disse que está preocupado com a facilidade que os assaltantes têm para entrar e rondar os diversos bairros da cidade.
Ele contou que foi assaltado no dia 9 de fevereiro deste ano. Um dia antes, três homens bem vestidos foram até o Beto Batata para tomar cerveja. No dia seguinte, dois deles voltaram por volta da 1 hora da madrugada. Por serem conhecidos, Amorin resolveu atendê-los. "Foi tudo muito rápido. Eles estavam armados e queriam dinheiro", relatou.
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Os assaltantes levaram pouca quantia em dinheiro e um telefone celular. Na confusão, um dos revólveres disparou e o disparo atingiu a perna de Amorin. "Nem sei como isto aconteceu. Não tentei reagir", contou ele. O caso foi denunciado à Delegacia de Furtos e Roubos, mas os assaltantes não foram indentificados.
Para manter a segurança do local, alarmes e segurança externa foram colocados. "Não adianta pedir ajuda da Polícia Militar. Já acionamos em casos de pessoas suspeitas e nada foi feito. Eles dizem que não têm como atender o chamado por causa de suspeita de crime. Mas acho que eles teriam que fazer a prevenção", questionou.
Outros bares e lanchonetes da redondeza, como são os casos da Saanga Grill, Homem Pizza e Pastel Quente, também foram assaltados este ano. No Pastel Quente, o garçom teria sido assassinado friamente pelos ladrões. "É assustador. A gente está vulnerável", salientou. Amorin está fazendo campanhas internas para o uso de cartão de crédito no Beto Batata. "É muito mais seguro", argumentou.