Governo federal e representantes dos caminhoneiros em greve acertaram ontem em Brasília uma trégua de 30 dias. Depois de seis horas de reunião, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, concordou em analisar as reivindicações da categoria, que também prometeu não retomar a paralisação, suspensa no sábado passado.
Apesar do aparente consenso, o resultado da reunião poderia ser melhor, na opinião dos líderes do movimento. "A reunião foi válida, mas não deu aquilo que esperávamos. A gente achava que alguma coisa iria começar a ser revista", disse Neuri Leobet, presidente da Associação dos Caminhoneiros de Ponta Grossa e Campos Gerais.
Uma das expectativas das lideranças era escutar de Padilha uma posição mais concreta sobre a fixação do pedágio a R$ 1,00 por eixo de caminhão. Como resposta, o ministro se ateve a receber as propostas e pedir prazo de um mês para analisá-las. A volta do diálogo, no entanto, foi recebida como um sinal de otimismo.
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Os caminhoneiros foram convidados por Padilha a participar do encontro nacional de secretários estaduais de transportes, marcado para o dia 3 de março, em Curitiba. "O ministro defendeu que o caminhoneiro não pague o vale-pedágio", contou Leobet. Segundo os caminhoneiros, o benefício é embutido no preço do frete pelas empresas que contratam os serviços de transporte.