Mais da metade das mortes de crianças brasileiras em acidentes ocorrem dentro de casa. A estimativa é do Ministério da Saúde. Para chamar a atenção dos pais para o problema, uma campanha foi lançada neste domingo em Curitiba.
Uma série de atividades promovidas pelo Hospital Pequeno Príncipe e pela prefeitura na Praça Oswaldo Cruz, no centro da cidade, mostrou como os acidentes podem ser evitados com cuidados simples(veja quadro).
O dia começou com uma caminhada e uma corrida que reuniu cerca de mil participantes, entre crianças e adultos.
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Várias oficinas reuniram pais e filhos. Em uma delas, o objetivo era que as crianças que já sofreram acidentes contassem as sua histórias. Oitenta e quatro relatos foram escritos durante o dia.
Um deles é do hoje triatleta João Alfredo Morgado Soares. Quando criança, ele foi separar uma briga de cachorros e acabou sendo ferido no rosto. Hoje, Soares é campeão paranaense e brasileiro na sua categoria.
Outra história, anônima, é de uma mãe que conta como o filho de três anos acabou engolindo uma moeda e ficou internado por três dias no hospital. ''Hoje todos nós temos mais cuidados'', conta.
A campanha fez parte da programação oficial do Dia Mundial da Saúde, que é comemorado nesta segunda-feira. O tema deste ano, definido pela Organização Mundial da Saúde, é ''Preparando o futuro da vida: criando ambientes saudáveis para as crianças''.
Entre os acidentes mais comuns com crianças estão afogamento, queimadura, intoxicação, choque elétrico, sufocação, engasgo, ingestão de corpo estranho e quedas.
Uma das barraquinhas mais movimentadas na praça Osvaldo Cruz era chamada ''Conte a sua história'', onde pais e filhos pudessem deixar por escrito casos de acidentes domésticos.
Uma das crianças que passou por lá foi Igor Vinícius Delfrate, 10 anos, que registrou uma travessura que quase acabou em tragédia. Há cerca de um ano ele decidiu ''fazer arte'' e tentou ''explodir o fogão''.
''Acendi o gás e esperei um pouco antes de riscar o palito de fósforo'', contou o menino. ''Ainda bem que não tinha muito gás, senão eu teria explodido'', disse ele. Felizmente a brincadeira terminou apenas com um grande susto, uma bronca maior ainda, e nenhuma queimadura.