A inauguração da Casa de Custódia de Curitiba nesta quarta-feira não deve resolver de imediato o problema de superlotação carcerária enfrentado nos últimos meses pelos distritos da Capital. De acordo com levantamento feito pela Folha, os distritos e delegacias especializadas contam com 1.038 presos, a maioria deles com detenção provisória. Como a Casa de Custódia de Curitiba tem capacidade para abrigar 450 detentos, outros 588 presos terão que permanecer nas delegacias ou distritos da Capital.
Nesta quarta-feira o governador Jaime Lerner (PFL) voltou a prometer que até o final de seu governo vai resolver o problema carcerário de Curitiba. Um novo presídio deverá ser licitado ainda este ano para Piraquara, município da Região Metropolitana de Curitiba. Lerner prometeu que todos os distritos terão as carceragens desativadas, como foram os casos do 1º e do 7º distritos policiais.
Um investigador, que preferiu não ser identificado, garantiu que a inauguração dos presídios e casas de custódia não equacionam o problema de uma hora para outra. Muitos policiais civis, segundo ele, seguirão cuidando de presos.
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A Casa de Custódia tem 108 celas e 157 funcionários. Será administrada pelo coronel Justino Sampaio Filho, atualmente na reserva da Polícia Militar. A nova unidade prisional é monitorada por 32 câmeras de vídeo digitais e um sistema de sensores de movimento em todas as galerias.
O secretário de Estado de Segurança Pública, José Tavares, disse que, com a inauguração da unidade, 80 policiais civis voltarão para suas funções originais. ''Eles serão investigadores e não mais carcereiros.''
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