O casal polonês Kinga e Chopin, ambos com 27 anos, está conhecendo o mundo andando de carona. Eles saíram da Polônia há dois anos e desde então viajaram de avião, barco, ônibus, caminhões e automóveis. Eles chegaram a Curitiba nesta semana e se preparam para conhecer a Austrália. Além da Oceania, eles querem passar pela África e Ásia antes de retornarem à Europa.
A dupla vivia em Varsóvia e em Gdansk, na região norte da Polônia. Antes de viajarem Kinga lecionava inglês e Chopin trabalhava como eletricista. Entre os países das Américas do Norte, Central e do Sul o Brasil figura como um dos favoritos. "As pessoas são bem informais e gostam de fazer amizades", disse Kinga, que também fala a língua espanhola.
Em Curitiba eles estão na casa do empresário Cesar Baron, integrante do Servas, um grupo criado no período pós-guerra para facilitar o intercâmbio entre os povos. "Existem critérios e isso facilita para os viajantes pois sabem que terão um lugar para ficar", disse Baron.
Leia mais:
Parceiro da Escola: em dois dias, 23,5 mil pessoas participaram da consulta pública
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Para percorrer o mundo eles limitam os gastos em até cinco dólares diários. Essa verba é resultado de trabalhos temporários feitos em algumas cidades. "Trabalhamos em alguns locais, como na Califórnia (EUA) e guardamos dinheiro suficiente para alguns meses", declarou Chopin. Em suas mochilas, que chegam a pesar entre 15 e 20 quilos, são levadas apenas as coisas essenciais.
Durante esse período eles viajaram das costas leste a oeste dos Estados Unidos, Canadá, México, o Estado do Alasca, os países da América Central e chegaram na América do Sul de barco pela Colômbia, único local onde correram perigo e perderam a máquina fotográfica em um assalto.
As caronas e os locais por ondem passam estão sendo registrados em diários que poderão tornar-se livros quando voltarem à Polônia. Eles no entanto admitem que alguma coisa mudou nesse período. "Todos nós temos um sonho e a coisa mais importante é a realização deles", concluiu Kinga, que antes de viajar com Chopin conheceu o Nepal e a Índia.