A Polícia Civil de Cambé (13 km a oeste de Londrina) está cogitando a hipótese de que mais de 50 cheques falsificados da Prefeitura da cidade estejam circulando pela região.
A suspeita parte de cópias de cinco cheques clonados que foram enviadas nesta terça-feira ao delegado Antônio do Carmo, que cuida do caso.
''Entre estes cinco cheques, um termina com o número serial 200 e outro com o número 252. Isto significa que todos os cheques, neste intervalo, podem ter sido falsificados e estar circulando'', explicou.
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Nesta terça-feira, o banco Itaú informou à Prefeitura que outro cheque, no valor de R$ 3.770, não teve seu valor pago porque apresentava indícios de falsificação.
Com isso, sobe para nove o número de cheques falsos que não foram descontados nas últimas semanas.
Os documentos representam uma soma de R$ 29.637,00. Todos os cheques tinham assinaturas clonadas do secretário de Fazenda, Saturnino Disney Reche, ou da tesoureira da Secretaria.
''São assinaturas perfeitas, idênticas entre si, o que evidencia a falsificação. É dificílimo uma pessoa repetir uma assinatura completamente igual a outra'', disse o secretário.
Segundo o delegado, todos os cinco cheques cujas cópias já foram recebidas pela Polícia Civil foram depositados em Londrina, sendo que dois tinham como destinatário uma conta de Campo Grande (MS).
O Itaú deve enviar, nos próximos dias, as cópias dos outros quatro cheques.
''Devo solicitar judicialmente ao banco cópias da documentação de abertura das contas correntes que deveriam receber os depósitos, como parte da investigação'', disse Carmo.
Tanto o delegado quanto Reche reafirmam que apenas quem recebe os cheques será lesado, pois os documentos não estão sendo pagos pelo Itaú.