Um dia inteiro para atender cinco pessoas. É assim a maioria dos dias do caminhão que faz a coleta de lixo tóxico domiciliar nos terminais de ônibus de Curitiba. Foi assim a semana passada no terminal do Pinheirinho. Grande parte das pessoas que circula pelo local jamais notou a presença do caminhão, que fica lá das 8 às 15 horas um dia por mês. ''Eu separo pilhas, vidros de remédio e lâmpadas numa sacola e mando com o lixo comum'', diz o auxiliar administrativo Júlio César Sprada.
O diretor de Limpeza Pública de Curitiba, Nelson Xavier, diz que a prefeitura já estudou formas de facilitar o acesso da população à destinação do lixo tóxico, mas o programa acabou ficando como está. ''Pensamos em colocar pontos de coleta em supermercados, farmácias e terminais de ônibus, mas acabamos recuando porque o risco de expor a população a esses produtos é grande'', explica ele.
O calendário de coleta de lixo tóxico domiciliar nos terminais de ônibus começou a funcionar em novembro de 1998 e, desde então, recolheu 30,5 toneladas. São cerca de 750 quilos por mês, segundo Xavier. O custo do serviço é alto, R$ 11 mil por mês, incluindo pessoal, equipamentos e a destinação final dos produtos. ''É um serviço inédito em todo o País que, além de ser educativo, é uma resposta às pessoas conscientes e que querem dar a destinação correta a esses produtos'', explica.
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