Há três meses, a Colônia Penal Agrícola, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba) – tradicional fornecedora de produtos agrícolas e agropecuários ao sistema penal do Estado – passou a investir na instalação de um parque industrial no local. A mudança no perfil da instituição é drástica. Atualmente, mais de 50% dos detentos atuam na área, seja trabalhando nas indústrias instaladas dentro da Colônia ou em empresas fora do complexo penal. E até novembro este índice deve chegar a 71%, com a abertura de novas vagas neste setor da economia.
A opção por fazer um projeto industrial foi uma exigência determinada pela própria demanda dos presos. Quando a Colônia foi criada, em 1941, o carro-chefe da economia paranaense era a agropecuária, e a maioria dos presos era proveniente de regiões rurais.
Com a industrialização e imigração para os grandes centros, hoje, de acordo com o diretor da Colônia, Lauro Luiz Cesar Valeixo, 70% dos 824 detentos são oriundos de pólos urbanos, principalmente de Curitiba, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu.
"Não adiantava continuarmos a insistir para que os presos trabalhassem na agricultura, já que ao sair daqui estas pessoas vão voltar para a cidade e precisam ter alguma qualificação", diz. Nesta primeira fase o parque industrial abrange cinco mil metros quadrados, onde estão distribuídos diversos barracões. Mas a intenção é ampliar o espaço para 17 mil metros quadrados.
Até agora, cinco empresas estão instaladas na Colônia, absorvendo a mão-de-obra de 120 presos. A Flexi Office Store, de móveis para escritório; a Auto Capas e Capotas Felipe, de capotas e capas para veículos; Diamantina Fossanese, que produz botões e acessórios para cintos, bolsas, calçados e vestuário; e Pasta Sul, que faz pastas para arquivos e escritórios. Há ainda a Paraná Esporte, autarquia estadual que mantém o projeto "Pintando a Liberdade", uma iniciativa conjunta com o Ministério do Esporte e Turismo, que consiste na fabricação de bolas e redes esportivas para serem doadas a crianças carentes.
Em breve, a Paraná Esporte absorverá o trabalho de mais 45 presos na fabricação de bonés e mesas de pingue-pongue. Também já está acertado convênio com a Sinuelo, indústria de artefatos de concreto para pecuária, com previsão de trabalho para mais 120 pessoas.
O maior desejo dos presos na Colônia Penal, no entanto, é trabalhar para empresas fora do sistema. Ao todo, 10 empresas absorvem a mão-de-obra de 350 pessoas. A maioria é órgão público, como o Detran, Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Emater, Embrapa, Iapar, Imprensa Oficial e a Vara Judicial de Penas Alternativas. Mas há também duas indústrias da iniciativa privada: Cimentos Itambé e Sial Construção Civil.
Além destas atividades, os outros 239 internos têm que se contentar com trabalhos já tradicionais dentro da Colônia. Além da agricultura e pecuária (criação de ovelhas, gado, porcos, coelhos e peixes), há também atividades em olaria, marcenaria, tipografia, serraria e serralheria.
A opção por fazer um projeto industrial foi uma exigência determinada pela própria demanda dos presos. Quando a Colônia foi criada, em 1941, o carro-chefe da economia paranaense era a agropecuária, e a maioria dos presos era proveniente de regiões rurais.
Com a industrialização e imigração para os grandes centros, hoje, de acordo com o diretor da Colônia, Lauro Luiz Cesar Valeixo, 70% dos 824 detentos são oriundos de pólos urbanos, principalmente de Curitiba, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu.
"Não adiantava continuarmos a insistir para que os presos trabalhassem na agricultura, já que ao sair daqui estas pessoas vão voltar para a cidade e precisam ter alguma qualificação", diz. Nesta primeira fase o parque industrial abrange cinco mil metros quadrados, onde estão distribuídos diversos barracões. Mas a intenção é ampliar o espaço para 17 mil metros quadrados.
Até agora, cinco empresas estão instaladas na Colônia, absorvendo a mão-de-obra de 120 presos. A Flexi Office Store, de móveis para escritório; a Auto Capas e Capotas Felipe, de capotas e capas para veículos; Diamantina Fossanese, que produz botões e acessórios para cintos, bolsas, calçados e vestuário; e Pasta Sul, que faz pastas para arquivos e escritórios. Há ainda a Paraná Esporte, autarquia estadual que mantém o projeto "Pintando a Liberdade", uma iniciativa conjunta com o Ministério do Esporte e Turismo, que consiste na fabricação de bolas e redes esportivas para serem doadas a crianças carentes.
Em breve, a Paraná Esporte absorverá o trabalho de mais 45 presos na fabricação de bonés e mesas de pingue-pongue. Também já está acertado convênio com a Sinuelo, indústria de artefatos de concreto para pecuária, com previsão de trabalho para mais 120 pessoas.
O maior desejo dos presos na Colônia Penal, no entanto, é trabalhar para empresas fora do sistema. Ao todo, 10 empresas absorvem a mão-de-obra de 350 pessoas. A maioria é órgão público, como o Detran, Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Emater, Embrapa, Iapar, Imprensa Oficial e a Vara Judicial de Penas Alternativas. Mas há também duas indústrias da iniciativa privada: Cimentos Itambé e Sial Construção Civil.
Além destas atividades, os outros 239 internos têm que se contentar com trabalhos já tradicionais dentro da Colônia. Além da agricultura e pecuária (criação de ovelhas, gado, porcos, coelhos e peixes), há também atividades em olaria, marcenaria, tipografia, serraria e serralheria.