O julgamento do bancário Fábio Trovo Barbosa, 30 anos, acusado de matar o comerciário Alceu Coradine Júnior, em novembro de 1996, está mobilizando Nova Esperança (35 quilômetros a noroeste de Maringá). A família de Júnior mandou confeccionar camisetas com o rosto dele, e já havia distribuído mais mil peças para conhecidos que pretendem acompanhar o julgamento. O crime aconteceu no Clube Campestre Capelinha, durante uma partida de futebol.
Segundo versão de testemunhas, Júnior aplicou um "carrinho" em Barbosa, que atuava no time adversário. Na reação o acusado desferiu um murro e um chute no maxilar de Júnior, que caiu desfalecido. No chão, ele levou mais um chute no rosto e teve o pescoço pisoteado. A agressão provocou a ruptura de vértebras na altura do pescoço. Júnior chegou a ser encaminhado ao hospital da cidade, mas morreu antes de ser atendido.
Alertado sobre a morte da vítima, Barbosa que na época estudava Direito em Presidente Prudente (SP), deixou a cidade. A polícia chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas a Justiça negou alegando que o agressor tinha endereço fixo, era réu primário e havia prestado serviço à Justiça Eleitoral. Ele só se apresentou à polícia no início de dezembro, na cidade de Mandaguaçu, a 20 quilômetros de Nova Esperança, alegando risco de vida. A defesa pretende desclassificar a denuncia de homicídio simples, com pena de seis a 20 anos, para lesão corporal seguida de morte, que reduz a pena para quatro a 12 anos.