As cinco pontes do complexo de Porto Camargo estão encravadas dentro do Parque Nacional de Ilha Grande e, segundo afirma o governo estadual, não são um problema ecológico. A retomada das obras acelerou sua criação, um ano depois, conforme testemunho da diretora do parque, Maude Nancy Joslin Motta.
O parque abriga um tesouro ambiental. Em 79 mil hectares, que abrangem cinco municípios do Paraná (Guaíra, Altônia, São Jorge do Patrocínio, Vila Alta e Icaraíma), e quatro do Mato Grosso do Sul (Mundo Novo, Eldorado, Naviraí e Itaquaraí), existem 285 ilhas, que constituem o terceiro maior arquipélago fluvial da América do Sul.
Sob a região, formada também por áreas pantanosas, várzeas, planícies de inundação e manchas de floresta, que abriga uma rica diversidade de espécies da flora e fauna, se localiza boa parte do Aquífero Guarani, um reservatório de 45 quatrilhões de litros de água doce filtrada, reserva suficiente para abastecer a terra neste milênio.
Leia mais:
Detran disponibiliza página de estatísticas para consultas sobre veículos
Prefeitura de Apucarana faz limpeza em escolas atingidas pela chuva
Pé-de-Meia: 135,3 mil estudantes são beneficiados no Paraná
Assembleia Legislativa recebe oito mil sugestões de paranaenses para orçamento
Para causar o mínimo impacto ambiental nesta maravilha da natureza, várias medidas foram tomadas. O primeiro estudo foi feito em 1988. Três anos depois da retomada das obras, o Ibama avalizou as 14 principais obras neste sentido.
Nos trechos aterrados, por exemplo, foram construídas sete passagens para animais, com 8 metros de diâmetro. Novecentos metros de alambrado vão proteger a mata do bugio e o paredão das araras terá monitoramento permanente. Um posto da Polícia Florestal foi implantado e quatro torres de observação erguidas para prevenção e controle de incêndios. Um centro de estudos, pesquisa e monitoramento ambiental foi construído em Icaraíma.