A 3ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente reúne na cidade cerca de 1,1 mil participantes desde terça-feira. Especialistas, professores, juristas e integrantes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança estão reunidos em Foz do Iguaçu para discutir a violência sofrida pelos menores paranaenses.
O principal objetivo do encontro é discutir problemas e dificuldades que os 399 municípios do Estado estão encontrando junto à população infanto-juvenil, organizá-los em estatísticas e sugerir projetos alternativos para diminuir a violência contra os jovens.
Para o presidente do Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp) e vice-presidente do Conselho Estadual, Aloísio Pacheco, os debates exigem cada vez mais a conscientização da população. "Toda a sociedade deve auxiliar estas crianças, começando pelo básico: promover retorno às salas de aula", comentou Pacheco.
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Para o procurador de Justiça e também integrante do Conselho, Olympio de Sá Sotto Maior Netto, é importante combater a "violência camuflada", imposta principalmente pelas diferenças sociais, preconceito e pelo trabalho infantil. Levantamentos recentes, realizados pela Secretaria da Criança de Foz do Iguaçu, mostraram que a maioria dos menores encontrados nas ruas da cidade não está vivendo de esmola, mas sim forçada a trabalhar para ajudar a família pobre. Entre 466 crianças e adolescentes entrevistados, 374 disseram frequentar a escola e também que trabalhavam pelos menos um período durante o dia.
Outra preocupação dos participantes está ligada às penas impostas ao adolescente infrator. O conselho quer diminuir cada vez mais o isolamento do jovem em centros de triagens e de recuperação.