A decisão da juíza substituta, Flávia da Silva Xavier, da 11ª Vara Federal de Curitiba, de garantir 30% de atendimento nas unidades do Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) acabou fortalecendo o movimento de greve dos servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que atuam na instituição. A avaliação é do presidente do Sinditest, Antônio Néris de Souza.
Ele garantiu que a adesão dos funcionários, de domingo para segunda, aumentou em mais de 20%. "Esperávamos que fosse essa a decisão e já estávamos dispostos a cumprir." A paralisação começou na última quarta-feira, dia 25, e não tem data para acabar.
A direção do HC não quis se pronunciar sobre a decisão porque, até a tarde de ontem, não havia recebido a notificação da Justiça. A assessoria de comunicação do hospital informou que o atendimento na Unidade de Terapia Intensiva e no Centro Cirúrgico estavam praticamente normalizados. Na semana passada apenas três funcionários trabalhavam dessas unidades, enquanto que, ontem, o número aumentou para oito.
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Ainda segundo a assessoria do HC, a situação continuava mais crítica nas unidades de internamento. Ontem, nas áreas de cirurgia do aparelho digestivo e cardíacas apenas dois funcionários faziam o atendimento de 34 pacientes. No setor de neurocirurgia, outros dois atendentes davam conta de 22 pacientes. No pronto atendimento e nas consultas a demanda foi atendida normalmente.
A expectativa de Néris é a de que o movimento ganhe mais adeptos a partir desta terça-feira. Segundo ele, muitos funcionários ainda não tinham paralisado as atividades com receio de que a greve fosse considerada abusiva.