Delegados e investigadores da Polícia Civil que não usarem terno e gravata podem ser punidos com advertência e suspensão das atividades por 30 dias, inclusive com desconto em folha de pagamento. Entrou em vigor ontem a Resolução 090/01 - que estabelece os tipos de vestimenta que poderão ser usados por delegados e investigadores.
A lei complementar, redigida em 1982 e regulamentada pela Secretaria de Estado da Segurança, estabelece que os delegados terão que usar trajes passeio composto de paletó ou equivalente, gravata e complementos, sendo admitido o uso de camisa de manga curta. As delegadas terão que vestir trajes passeio composto de tailleur, blaser ou similar, saia, camisa ou blusa. Ou vestido e calças compridas compatíveis com o traje.
Os investigadores e escrivães devem estar vestidos com trajes esporte composto por sapatos, calças de tecido diverso do brim, blaser ou similar. As mulheres que atuam nessas funções devem usar saias ou calças com tecido diverso do brim, sapatos ou sandálias de passeio. Existe apenas uma exceção, para os investigadores que estiverem em uma operação policial em andamento.
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A determinação foi estabelecida para resgatar a imagem da Polícia Civil com a população. "O cidadão tem que entrar numa delegacia e saber quem é o bandido e quem é o policial", justificou o delegado geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro. No início da divulgação da resolução, uma das alegações do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol) para descumprir a determinação oficial era o baixo salário pago para investigadores e escrivães.
No entanto, o sindicato já voltou atrás. "Um policial civil deve se vestir adequadamente como todo o servidor público. Um investigador que veste bermuda e camiseta regata, anda cheio de tatuagens, não parece um policial", alegou o presidente do Sinclapol, Luiz Bordenowski.
Alguns delegados de polícia não concordam com a afirmação feita por Bordenowski. O delegado Guaraci Joarez Abreu, que está à disposição da Divisão da Capital, disse que a mudança da imagem da Polícia Civil tinha que passar por algo muito mais profundo do que o uso de terno e gravata.
Apesar de ter restrições, ontem os delegados de polícia das principais delegacias e distritos de Curitiba já haviam se adequado às novas normas.